segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Descaso com a Universidade Publica



Este video autoexplicativo mostra como o dinheiro esta sendo usado nas universidades publicas com fins eleitoreiros.
Agradeço ao CAPSI Bauru e ao Henrique(kpta) por ter tido a iniciativa de montar este ótimo video...

Uma Verdade Dolorosa

Assistam, vale a pena para começar a pensar como mudar alguma coisa...

http://www.zeitgeistmovie.com/

Sentir apenas, seria muito mais simples...

A pouco me engajei em uma discussão bastante infrutífera com algumas pessoas que defendiam o tal do Amor Livre, nada contra esta idéia em particularmente, mas eles defendiam como sendo a única forma certa de amar, a única humanamente possível. Claramente o ser humano é algo muito simples e padronizado para essas pessoas.

É incrível que mesmo aqueles que muitas vezes se digam a vanguarda do pensamento na sociedade, aqueles libertos de todos os dogmas, continuem buscando uma maneira de enquadrar o sentimento mais humano, ao menos em minha reles opinião.

É no minimo complicado colocar o amor e a paixão em medidas tão simples como casamento, monogamia, poligamia, amor livre ou qualquer outro nome que advenha de culturas ou mesmo do pós-modernismo.

Infelizmente buscamos padrões para tudo, definidos pela nossa cultura, nosso grupo social ou até, na pior das hipóteses, por alguem que escreveu um livro apenas dando sua opinião.

Nos restringimos tanto por isso, e acredite, não estou defendendo de maneira alguma um panamor e uma pansexualidade, por que isso também seria restringir a um tipo de amor as pessoas, ela seriam obrigadas a serem "livres" amorosamente, e é exatamente esse conceito de obrigação e de jeito certo de ser, que estou descordando.

Não seria possível e de alguma maneira tão mais agradável se pudéssemos simplesmente escolher como queríamos nossas vidas e nossos relacionamentos, em total acordo com aqueles pelos quais nos apaixonamos, monogâmico, poligâmico, pangâmico, heteros ou homos, simplesmente deixar a coisa acontecer da maneira que for mais interessante, e viver aquilo intensamente, sem ter que cumprir nenhum tipo de acordo ou dogma que não fosse impostos por aqueles que se amam???

O amor e a paixão são conceitos criados por nós para refletir o que sentimos, e cada um sente do seu jeito e com seus próprios termos, então, vamos nos livrar de tantas besteiras, ser francos e decidir para alem do que qualquer religião ou teoria manda e aproveitar, olhar nos olhos, ser sincero e com consciência do que se faz, viver um pouco.

Em algum momento as pessoas tem que cansar de não serem elas mesmas por causa de ideologias e aproveitar suas vidas com consciência e sinceridade.

sábado, 27 de setembro de 2008

Filme recomendado

Um bom filme sobre luto, perda e sobre o que importa na vida...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Um ótimo livro


Um livro espetacular para rir e pensar...

Filme que Recomendo

É um filme eterno...


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

223 Anos de Sodoma

Hoje pensamos a revolução francesa e no iluminismo como um marco distante do inicio da sociedade com a conhecemos, uma história controversa cheia de luta, sangue e filosofia, quando os homens perderam algo para quem rezar e se converteram a Deusa Guilhotina. A Deusa que não decapitava e sim convertia, separando a cabeça do corpo, o racional do emocional, o corpo jogado fora e a cabeça exibida em praça publica, mais uma que agora desprovida de coração pertencia ao ideário da revolução, uma metáfora muito mais severa do que a maioria que possamos imaginar.

Sade pensava sobre a época em que vivia, seu corpo preso na Bastilha, e seus pensamentos presos no Châteaui de Silling, junto ao Duque, ao Bispo, o Juiz e o Banqueiro sobre como seria um mundo "...Sem lei e sem religião, a quem o crime encantava, e onde todos os interesses recaem sobre as paixões...e não existe nada a obedecer alem dos decretos de suas paixões perfidiosas..." .

Texto interessante, temido e proibido em diversos lugares por suas aberrações aos olhos mais sensíveis e mesmo para muitos dos mais resistentes, ele trazia todo o horror de homens sem lei, sucumbindo ao mais profundo da devassidão, onde a moral e a ética não se fundamentavam e pouco a pouco cada degrau do desejo era galgado e com isso cada pedaço da moral se estilhaçava.

Uma obre genial ao meu ver, nem tanto por sua capacidade de causar repulsa ou de quebrar as leis da sociedade, mas alem disso, existe uma critica inversa aqui, uma critica profunda e silenciosa, uma critica que vinha do sangue que escorria dos cadafalsos e guilhotinas, uma critica ao que a própria revolução defendia.Do próprio iluminismo que pretendia com sua critica acabar com as superstições do passado.

Quando olhamos para as idéias daquela revolução gloriosa, podemos pouco nos refletir nela, ela defendia idéias que hoje parecem tão comuns, tão basicas que as tomamos como certas e sem nenhuma periculosidade, por mais que raramente sejam empregadas. Nessa objetividade de propostas recaia um perigo terrível, um perigo pelo qual o homem em sua história,des dos primórdios de suas tribos nunca correu, o perigo de viver sem um por que, sem uma moral, sem uma busca de algo maior, uma liberdade a qual o homem não esta preparado, a de ser livre de sua própria consciência e apenas servir ao seu raciocínio, sem nenhum tipo de grilhão que lhe segure as permissões.

Assim como o Homem Invisível de H.G. Wells ele se despe de toda veste mortal, de todo papel, de todo impedimento, e como os personagens dos 120 dias de Sodoma, eles se revelam e ao longo dos meses vão galgando o mais horrível que o ser humano pode demonstrar. Não por que sejam "maus" ou perversos, mas apenas por que não existe nada que os impeça.

Se torna importante observar a era do racionalismo e da ciência que o dito Iluminismo trouxe quando chegamos finalmente ao dilema ético do grande Por Que???Se é que ele existe, um por que fazemos qualquer coisa que seja socialmente aceitável, correta, ou "bondosa" e não simplesmente sucumbimos ao nosso desejo.

Os homens de Sade sucumbiram para nos mostrar onde o vazio pode nos levar, não sou moralista ou religioso, mas no tempo de questões no uqal vivemos, onde os por ques se diluem a cada segundo, precisamos olhar aqueles homens, a perspectiva racionalista, a Ilustração, e nos perguntarmos até onde queremos ir, até onde vale a pena, o que vale a pena, e o que é ser humano, ou melhor o que nos torna seres humanos e permite que vivamos como tal. Antes que paremos de questionar e simplesmente sigamos sem pensar por onde, obedecendo a uma cabeça sem corpo, um raciocínio puro onde não há sobre o que raciocinar alem de como cumprir as paixões que o corpo pede.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Da Morte que se Morre a cada dia

Andando pelo meu apartamento, tropeço em pedaços da minha pele que troquei pelos anos, assim como os antigos imaginavam que os répteis renasciam ao trocar de pele eu também observei meus restos mortais, restos de pessoas que já fui, de idéias nas quais já acreditei, de pessoas que se foram junto com aquela antiga pele.

Me pego a pensar em um canto soturno e individualista da minha mente que de todas as perdas que tive na vida, todas as mortes e separações, a única que continua a me atormentar com saudades, possibilidades e melancolia são as minhas próprias mortes, mortes de cada período da minha vida onde me despi de alguém que fui e vesti aos poucos uma nova pele de alguém que sou.

Mas sempre volto a relembrar nessas pequenas partes que deixei de mim mesmo, elas são fotos, porcarias, brinquedos, equipamentos, que me trazem as idéias da época, as crenças, as fantasias, os sorrisos e esse conjunto acaba por recordar os ideais e valores, estes que por mais que eu tente matar sempre deixam fantasmas que me atormentam como uma consciência da minha consciência.

E assim por vezes tento chorar e acender velas, por vezes tento reviver aquilo, mas logo noto que é impossível ser aquela pessoa novamente, ela é apenas um corpo oco feito de trejeitos e uma mentalidade ultrapassada.

Caminho por entre estes pequenos túmulos, tentando como todo amigo de falecidos, trazer o que eles tem de melhor e que podem assim me fazer sorrir, mas como todo defunto, sempre fica a nostalgia do que poderia ter sido, e como era melhor quando ele estava lá.

Dos rótulos, quem os coloca e sua auto-gestão

Outro dia ao comentar o filme O Cheiro do Ralo com um amigo ele citou que em um dos personagens era interpretado por um intelectual gay de São Paulo...

Intelectual Gay...

Fico pensando em quanto os rótulos são depositados sobre as pessoas e quanto eles são auto impostos como maneira de se destacar...

Intelectual gay, militante negro, escritor judeu...

Todos os nichos lutaram durante muito tempo para sermos reconhecidos como apenas humanos, independente de quaisquer características.

Mas ainda assim, ser humano acaba por ser muito genérico... Eu me pego pensando o quanto o fato de ser gay, ou qualquer outra minoria, influencia na intelectualidade do individuo e se isso se sobrepõe ao fato que ele fala de assuntos que são interessantes a toda comunidade dos homo sapiens sapiens...

Mas então vem correndo triunfante a questão dos grupos, que antes eram um meio de excluir esses indivíduos também funcionam como uma maneira de se criar um nicho onde estes indivíduos ganhem aceitação imediata, sim, entendendo que isto funciona como um meio de defesa contra preconceitos... infelizmente...é um gerador dos mesmos.

E digo isso por que os rótulos acabam se fixando e reforçando a idéia de que a raça, a cor, a escolha sexual dentre outras características influenciam na humanidade intrínseca do individuo impedindo assim que uma comunidade realmente una possa se formar onde independente de sua idiossincrasias todo sejam humanos.

terça-feira, 4 de março de 2008

Livro que estou lendo...

Como deveria ser a vida dos Queridos Amigos no mundo real...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Filme que recomendo


Um ótimo filme!E olha que não sou fã de cinema brasileiro...
História psicológica muito bem executada, tinha que ser idéia do Mutarelli...


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Motivo para Continuar

Raras vezes vejo o mundo ensolarado, fulgurante como as propagandas de viagens indicam, o mundo não me parece uma aventura, mas sim uma lenta escada rolante, vagarosa, com pessoas nervosas a frente e atrás, envolvidas no mais autentico fog londrino.

Cartazes e outdoors passam por mim, deslizando com seus fachos de néon, me iludindo, criando necessidades, desejos, que não são meus, que desconheço totalmente alem das suas cores brilhantes e aparência superficial, minhas mãos tremulam ainda que firmemente presas aos corrimãos, impedindo e me protegendo de qualquer risco.

Não me aventuro a dar um passo adiante, pois teria que trombar com pessoas que me olhariam feio e me reprimiriam por quebrar as regras, então apenas abaixo minha cabeça, e todos continuam a olhar os cartazes enquanto meus olhos apenas deslizam por meus próprios sapatos e pelas sujeiras incrustadas com o tempo nas entranhas do metal estéril da escada.

Me pergunto então por que vale a pena viver a vida assim, por que essa sombria e sem possibilidades história pessoal vale a pena e eu respondo, a mim mesmo, sem muita força, mas com tremenda convicção:

- A vida não é esta escada rolante que na maioria dos momentos eu vejo isso é apenas a auto-piedade intrínseca do meu ser, e o choramingo inócuo de quem não quer correr os riscos e conhecer o que existe alem. Sim os lugares brilhantes existem, a prova deles é o simples fato de que a monotonia do cotidiano tem seu contraponto ou não seria monótona, seria apenas a única coisa que poderia ser.

Alem disso eu só conheço essa melancolia, pois e algum momento houve algo diferente e por mais que meu raciocínio patologicamente cientifico me diga que eram ilusões eu sei que existe algo de real nelas, pois mesmo os sentimentos ilusórios tem algo de real, pois existem pra quem os fantasia.

E por fim existem os outros que me rodeiam que não são apenas seres cinzentos e opressores a minha frente e atrás, mas existem pessoas por todos os lados, algumas próximas o bastante pra me aquecer e brilhar alem da névoa e dar algum sentido a palavra viver, e me fazer pensar que a melancolia, a dor e o sofrer fazem parte da vida como um ótimo contraponto de sentimentos como alegria, amor e tantas outras tão bem disseminadas em literatura.

E essa voz, que vem não sei de onde, mas que me lembra, com maturidade das célebres palavras de Bill Watterson através de seu interlocutor Calvin – Pare de Choramingar e Vá Fazer algo de sua vida – trazendo assim um sorriso que consegue irromper ao menos suavemente em meus lábios e arrisco o próximo passo, pois nunca se sabe quando a escada chegara ao final e o nevoeiro sempre se dissipa com os raios de sol...

O Fim Inevitável mas Adiável.

This is the way the world ends

Not with a bang but a whimper.

The Hollow Men (1925) T. S. Eliot

T.S. Eliot não poderia estar mais correto, mais duramente verdadeiro. Talvez não na escala apocalíptica mundial que o final de seu poema apresenta, mas sim de uma maneira mais sutil, delicada, significando o fim de uma sociedade, da energia, dos últimos brados de Vida de uma era.

Algumas civilizações terminaram com cataclismas, dês do Dilúvio da mítica Atlântida até a bem mais real domínio dos povos da sabedoria antiga pela não sabedoria através das cruzadas, por guerras e mesmos vulcões, mas infelizmente como disse anteriormente, esse não é o fim do mundo, por que a cultura, a sabedoria, a crença, a mente, as idéias dão um jeito de sobreviver, se desenrolar, alçar vôo no vento e criar novas raízes, se transformando e muitas vezes florescendo.

Mas observando estes últimos dias a novelesca minissérie da globo “Queridos Amigos” pude observar através do seu manto de dramas pessoais algo que raramente é visto, com seus vislumbres da cultura beatnik, dos movimentos sociais dos anos 80, 70 e assim, com este pano de fundo tão rico é possível ver a agonizante e rastejante morte da sociedade contemporânea, é possível a partir de tão pouco sentir o que houve antes deste momento sem pai e sem mãe (no sentindo mais freudiano) que vivemos, ainda existiam idéias, ainda existiam ideais, valores, e por mais que fossem distorcidos, retrógrados, intragáveis, ainda traziam consigo algo de humanidade, algo de independência e individualidade, mas a partir dali que estas idéias começam a cair em solo estéril, estéril pelo veneno da mídia e do marketing, pela seca de criatividade e inventividade, pela falta do adubo da poesia e prosa.

Pode parecer um tanto quanto exagerada ou deprimida essa visão, mas é o desenrolar do pós-moderno que vivemos, e como cada valor, cada ideal, cada sentimento foi ganhando seu equivalente com rótulo e prazo de validade. Não existe luta não por falta de vontade, mas por não ter como lutar contra os inimigos que se tornaram invisíveis e tão arraigados na humanidade que esta não tem mais escudos ou armaduras, apenas correntes invisíveis e chicotes envolvidos em contracheques.

Mas é importante em ultima analise observar que as idéias ainda estão ai, encubadas, esperando novas terras férteis, e se por um milagre o suspiro do fim não estiver tão próximo, e seja possível com um estrondo, um novo estrondo, nunca antes visto conseguir uma boa chuva, uma chuva que faça com harpas os faunos e as musas dançarem e assim, só assim, algumas idéias germinem. Mas raramente esses estrondos acontecem fora dos livros de fantasia, fora dos romances e filmes de Hollywood, portanto, o suspiro, inevitável em algum ponto da história, pode estar mais perto que esperado.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Da banalidade do mundo moderno...

É difícil expressar quanto o que vemos é uma representação em um microcosmo do que acontece com toda sociedade...

Hoje foi um desses dias no qual me sinto mudo diante de uma coisa que não é especificamente triste, mas cheia de uma angústia, silenciosa, inominável, moldada pela nostalgia fantasiosa de quando se acredita que em algum momento no tempo passado as coisas foram melhores, mais... Completas...

Observei de uma esfera distante os jovens que perdidos se inscreviam para o tão sonhado curso em uma faculdade pública, e seus olhos mais perdidos ainda quando saiam com sua vaga garantida e em vez de enfrentarem tintas e confetes enfrentavam multidões de mãos ávidas tentando lhes vender kits, camisetas, marcas, rótulos e tantas outras quinquilharias...

Funcionários armados de uniformes, caras feias e ameaças patrulhavam os inocentes de modo que nenhum veterano corruptor pudesse lhes manchar as roupas, gritar com eles ou lhes ameaçar com nomes ofensivos como bixo ou calouro...

E eles andavam a esmo, rondados por pais mais perdidos que eles que também pediam por um rito de passagem, um grito de festa, confetes alegria e carnaval, alguém que lhes chacoalhasse e lhes dissessem que uma fase havia passado e agora eles eram uma minoria de menos de 5% da população e que uma nova fase completamente diferente da vida começava, fase que inicia a árdua escalada em direção a vida adulta...

Mas nada, um marasmo, uma solidão no meio do deserto do novo, rotulados e encaminhados ao seu cerco eles caminham em direção ao abandono e ao tecnicismo, perdidos, deslizando pelo fluxo de todo o resto daqueles que adormecidos, obnubilados caminham em direção ao vazio...

Esta é uma discussão elitista e niilista, mas ao menos serve como representação do que vi hoje...

Merecia ser dito...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008


Finalmente a Veja chutou o balde, a próxima mudança dela será ser lida da esquerda pra direita, como um mangá...Nada mais será direcionado pra esquerda a partir de então...
(Acho que nada poderia resumir de maneira mais significativa o que a saida do velho Fidel representa no panorama mundial, ao menos de maneira simbólica.)

Tédio Primordial

Por que escrever em um Blog?

Uma boa questão...

Divulgar minha vida ou meu pensamento em uma espiral morosa de histeria, onde a necessidade de espalhar aos quatro ventos sopros, migalhas, suspiros de auto-piedade e gritos desesperados de atenção mascarados de cultura, informação, crônicas ou simples páginas de um diário.

Então...

Entre estes motivos tão contemporâneos... por que eu escrevo?

Tédio...

Não aquele tédio dos momentos onde estamos solitários, nada passa na TV, nada para fazer com as mãos e com os pés, até o próximo evento fugaz se apresentar e sermos empurrados contra vida para tropeçarmos por ela como cegos bêbados que somos.

Falo de um tédio mais profundo, mais arraigado as nossas vidas, mais primevo, que vem desde que o homem olhou pras estrelas e não mais as viu como almas que se foram, ou antepassados, mas apenas como bolas incandescentes de gás.

Tédio que nos faz olhar a vida e ver que nossa maior perspectiva de aventura é colocarem uma arma em nossa cabeça e gritarem sobre nosso dinheiro e sonhamos sobre isso, sobre vencer aquele temível vilão, mas quando a arma esta lá, vemos só o quanto somos fracos.

E o sonhar em vencer esse temido vilão mostra o quão pequena são nossas perspectivas, que não buscam mais o cavaleiro negro e amada imortal, mas sim em um mísero momento de heroísmo que nos levara a 15 segundos em um jornal e a uma citação na próxima palestra dos bombeiros aos alunos de oitava série.

Esse tédio, esse visão limitada de possibilidades, essas vida com necessidade de 50 horas de trabalho e um fim de semana em uma cidade do interior onde a maior atração são as lojas de bibelôs. A vontade de gritar é quase insuportável.

E como nem gritar podemos, esse tédio me trouxe aqui, a escrever, a expulsar, a tentar exprimir, ou melhor, espremer, um pouco de humanidade, criatividade... (até esta que hoje é definida como “variabilidade comportamental” por psicólogos comportamentais, e assim, jaz morta).

E assim aqui começa meu grito silencioso, assim talvez eu não tenha que simplesmente seguir o fluxo, bloquear meu cérebro e ser mais um...

Um grito...

Inócuo... histérico...e alem....

Mas é a única coisa que consigo pensar agora...

Até a próxima vez...